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Aos Sócios

A todos os associados,

No âmbito da preparação dos conteúdos para a nova página Web da APAM, foi-me pedido que elaborasse um a breve mensagem dirigida a todos os sócios e praticantes.

Reflectindo no que gostaria de vos transmitir, neste início de mais um mandato à frente dos destinos da nossa associação, entendi consultar escritos similares anteriormente produzidos, indo aí encontrar algo que, apesar de escrito em Julho de 2001, considero dever reeditar, atendendo à actualidade que pessoalmente lhe encontro:

“É minha convicção que o principal desígnio de um dirigente de qualquer colectividade do tipo da nossa deverá ser sempre o de tentar adequar o objecto social à realidade da vivência contemporânea, preservando tanto quanto possível os princípios de éticos e morais, que devem estabelecer a diferença entre seres racionais e irracionais.

Quando há vinte sete anos criamos a APAM, fizemo-lo com o fulgor, ilusão e paixão características da juventude, tomando por base um conjunto de princípios em nós inculcados pela vivência das artes marciais orientais. Hoje, fiel àquela convicção, sistematicamente me interrogo se aqueles princípios permanecem válidos para a sociedade actual.

Vivemos tempos que já ninguém duvida serem de profunda crise para a vivência interior de todos nós. A falta de ética (dos políticos mas não só), a corrupção, a violência gratuita e libertinagem, profusamente servida pelos media, o esvaziamento da célula familiar, a falta de tempo para nós e para os outros, o individualismo exacerbado, para só falar de alguns dos factores, criam em todos nós um vazio de referenciais e ameaçam a nossa saúde mental e até física.

As depressões nervosas proliferam a um ritmo assustador, as doenças causadas pelo stress são cada vez mais frequentes e com consequências mais graves. E elas atingem novos e mais velhos, ricos e pobres, cultos ou menos cultos.

Por tudo isto, estou convicto que a APAM, mantendo-se fiel aos princípios porque sempre tem norteado a sua acção, poderá continuar a ter um papel muito importante na preservação dos referenciais mais nobres da humanidade, sendo um pouco a família, um pouco a amiga, um pouco a terapia, e sempre e muito um referencial. È aliás essa convicção que continua a alimentar a minha paixão.

É também por isso que exorto todos os seus dirigentes, corpo técnico e sócios em geral, a manterem-se unidos em torno daqueles ideais. È também por isso que apelo aos nossos governantes para não se esquecerem de cumprir as suas promessas de ajudar a APAM a dotar-se de instalações condignas com a projecção e trabalho já demonstrado.

O meu desejo é de que a APAM continue por muitos anos a ser uma ESCOLA DE VIDA para todos quantos a ela confiam os seus filhos e as suas próprias pessoas.

Com Rigor, Disciplina e Dedicação, vamos continuar a trabalhar.”

Carlos Santos

Junho 2005

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